Foz do Iguaçu – Em meio ao intenso movimento de compristas devido às festas de fim de ano e às férias, auditores fiscais da Receita Federal programaram para esta semana um protesto na Ponte da Amizade, na divisa das cidades de Foz do Iguaçu, no Brasil, e Cidade do Leste, no Paraguai. A paralisação é nacional e faz parte do movimento deflagrado em 1º de novembro.
Os fiscais cobram do governo federal a implantação efetiva de um acordo estabelecido ano passado. Nele, ficaram acertados 20% de reposição salarial, 5% ao ano, até 2019.
No litoral
Em Paranaguá, 70% dos auditores realizaram a operação-padrão em três dias da semana, ficando fora das repartições sem qualquer contato com o computador para a realização dos trâmites, conforme as empresas de comércio exterior e logística e os despachantes.
A morosidade fez com que os empresários entrassem com mandados de segurança para garantir a retomada dos serviços. A greve segue por tempo indeterminado. A situação tende a piorar com o aumento das importações e a proximidade com os festejos de fim de ano.
Só 30% do efetivo permanece trabalhando para garantir a liberação, mesmo que lenta, das mercadorias no Porto de Paranaguá. Essas cargas envolvem medicamentos, cargas vivas e alimentação de bordo para os tripulantes do navio.
Durante o período de espera, as empresas precisam desembolsar para armazenar o produto, onerando os custos de importação, gerando reflexos no fim da cadeia, ou seja, o cliente.
A liberação de cargas passou de sete dias para um mês por conta da greve. A assessoria do porto alega que o trâmite permanece sem alterações.